A etiologia da enostose em equinos ainda não está bem esclarecida, mas sabe-se que está relacionada à esclerose intramedular, principalmente dos ossos longos.
A enostose é mais comum em cavalos jovens que podem apresentar de moderada a severa claudicação, podendo ou não ser responsívos aos bloqueios perineurais.
O diagnóstico é baseado na cintilografia nuclear sendo observadas como áreas focais ou multifocais de maior absorção do radiofármaco (99m Tc –MDP) na região medular de ossos longos e frequentemente está em associação com o forame nutrício.
Nas radiografias, as enostoses se apresentam como “ilhotas ósseas” com áreas radiopacas focais em regiões coincidentes com a região de hiperconcentração de radiofármaco.
As características cintilográficas das lesões são resultado da atividade metabólica elevada em relação ao ambiente do osso esponjoso. Devido à localização intramedular e proximidade com o forame nutrício há uma especulação de que alguma forma de oclusão vascular intraóssea pode estar envolvida no processo.
O diagnóstico diferencial na enostose é a fratura por estresse que também é comum em ossos longos, porém a apresentação é extracortical ou periosteal.
O tratamento é feito com repouso e uso de anti-inflamatórios. Novos estudos têm proposto a descompressão óssea cirúrgica através de furos intramedulares com broca do tamanho 3,5mm nos sítios de lesão, a fim de causar uma descompressão óssea.
As fotos mostram 3 exemplos de enostose em diferentes óssos longos em equinos e os vídeos mostram um caso (antes e depois) de um animal que passou pela cirúrgia de descompressão óssea no rádio.
A cintilografia de monitoramento é de extrema importância para acompanhar a evolução e retorno ao exercício em aproximadamente 6 meses.